sábado, 24 de julho de 2010

AMOR É SÓ UMA PALAVRA

Toda vez que ouço Blowing in the wind eu sinto um estranhamento, uma angústia fora do lugar - e não é por causa da cantoria do Suplicy nem pela versão em português do Zé Ramalho para as músicas de mr. Zimmerman. Hoje, do nada, eu tive um insight: a não ser que eu já esteja entrando na fase de virar paciente do Oliver Sacks ou que minha memória tenha dado os últimos suspiros, os versos de Blowing in the wind me fazem lembrar desse livro muito triste e deprimente que eu li, quando mais?, na adolescência.
Até onde a memória consegue ir (e pode ser que daqui pra frente tudo não passe de invenção da minha cabeça), a música de Dylan era meio que a trilha sonora da história de amor entre um jovenzinho rico, que ainda estava na escola, e uma mulher mais velha e casada. O livro começa com o sujeito morto, enforcado numa casa na árvore. E vai contando em flashback porque morreu daquele jeito, os planos que ele e a namorada faziam para ficar juntos, a chantagem que começaram a sofrer, as ameaças feitas por um anão - ou alguém muito deformado, agora não sei. Pensando em retrospectiva, não me parece um bom livro. Assim como Nem só de caviar vive o homem, outro Simmel feito sob medida para a minha adoleslcência.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

meu anjo do perdão foi bom mais tá fraco